QUANDO VOCÊ COMEÇA A SE ABANDONAR AOS POUCOS

Published by

on

Há um momento em que a mulher começa a se perder de si e nem percebe.

Não é de repente. É silencioso. Acontece entre uma rotina corrida e outra, entre a exaustão de cuidar de todos e o esquecimento de cuidar de si.

Primeiro, você deixa de lavar o cabelo no dia em que prometeu. “Amanhã eu faço.” Mas o amanhã se repete tantas vezes que o espelho já não reflete a mulher que costumava sorrir de volta. Depois, as unhas descascadas deixam de incomodar. O batom que antes era marca registrada agora dorme esquecido no fundo da bolsa. Você começa a vestir o que estiver à mão e não o que faz sentir-se bonita.

Sem perceber, o abandono começa.

Você diz “tudo bem” quando não está.

Aceita o que antes jamais aceitaria.

Permite que o outro escolha o filme, o restaurante, a conversa e, aos poucos, a própria vida.

No começo, parece apenas cansaço. Mas com o tempo, o cansaço vira costume, e o costume se transforma em desânimo. Você começa a acreditar que não adianta, que não há tempo, que já passou da hora de mudar. E quando acredita nisso, o abandono se torna morada.

Talvez você viva um relacionamento em que se sente constantemente diminuída, mas disfarça dizendo que “ele é assim mesmo”. Talvez suas vontades sejam interrompidas por um “deixa que eu resolvo”, e você, para evitar conflito, simplesmente permita. A cada vez que cala o que sente, uma parte de você se apaga.

Aos poucos, você deixa de impor limites, de se ouvir, de se escolher.
Não percebe, mas essa ausência de si tem um preço e ele é alto.

O corpo começa a reclamar. As dores aumentam, o sono piora, a pele muda. As emoções se tornam um emaranhado de culpa, tristeza e irritação. O riso fica mais raro. O olhar perde o brilho.

E o pior é que você continua existindo, entretanto, deixou de viver.

Você cumpre tarefas, atende demandas, cuida de filhos, trabalha, resolve problemas… e já não sente prazer em nada disso. Quando sobra um tempo, a vontade é apenas de deitar. Às vezes, nem o descanso traz descanso.

Há mulheres que chegam a esse ponto e acham que estão apenas cansadas. Outras acreditam que é uma fase. Há também aquelas que, sem perceber, estão vivendo o reflexo de anos de autonegligência.

Não é falta de amor pelos outros — é falta de amor por si.

Você se lembra de quando se sentia viva?

Quando colocava uma música e dançava sozinha pela casa? Quando se arrumava só para sentir-se bem? Quando olhava o mundo com curiosidade, com vontade de aprender e de sonhar?

Tudo isso ainda existe aí dentro, apenas adormeceu.

O abandono feminino é sutil e devastador. Ele não chega de uma vez. Vai se instalando nas pequenas desistências: quando você não se inscreve naquele curso porque “não vai dar tempo”; quando recusa o convite das amigas porque “está cansada demais”; quando aceita migalhas emocionais porque “poderia ser pior”.

Esses pequenos nãos para si mesma constroem uma muralha entre quem você é e quem desejava ser.

E, de tanto se calar, o silêncio se torna o idioma da alma.

Deixa eu te contar uma coisa. Existe um ponto de virada.

Ele acontece quando você se olha no espelho e, mesmo cansada, diz: “basta”. Quando percebe que não é egoísmo se priorizar, que não é futilidade cuidar de si, que o amor-próprio é um ato de coragem.

O autocuidado não é sobre banhos demorados ou cremes caros. É sobre presença. É sobre se ouvir, se respeitar, se acolher.

É dizer “não” ao que te esgota e “sim” ao que te faz florescer.

Talvez você precise começar com passos pequenos: um banho em silêncio, um passeio ao ar livre, um corte de cabelo, um diário onde possa escrever o que sente. Aos poucos, você se reencontra. O brilho volta, o ânimo renasce, a coragem retorna.

E esse retorno para si é o início da cura.

Foi pensando em mulheres como você — mulheres que dão tudo e se esquecem de si — que escrevi “Cura pelo Autocuidado”. Um livro direto, sensível e transformador, que traz exercícios práticos para serem aplicados ainda durante a leitura, colocando-a em movimento enquanto reconstrói o vínculo mais importante da sua vida: o vínculo consigo mesma.

Cada capítulo foi criado para lembrá-la que você importa. Que a mulher que existe aí dentro merece descanso, amor, e um olhar gentil. Que cuidar de si não é luxo — é necessidade.

E quando o coração estiver pronto para sentir de novo, há também “Café&Amor”, um livro de poesias que celebra o amor em suas fases: o amor que aquece e nos faz acreditar, o amor que queima e ensina, e o amor que transforma.

Uma analogia perfeita com o café porque, assim como ele, o amor precisa ser sentido com calma, apreciado com consciência, e, quanto mais conhecemos o que é bom, passamos a desejar e aceitar apenas o melhor em nossas vidas.

Hoje é o último dia da Black B Literária, e você pode adquirir os dois exemplares autografados, com marca-páginas personalizados, de R$ 110,00 por apenas R$ 89,90.

Acesse o link abaixo e garanta o seu kit exclusivo.

📩 Envie o comprovante de pagamento junto com seu endereço para contato@biancastievano.com.br

Permita-se esse presente. Não pelos livros, mas por você.

Porque o primeiro passo da cura é lembrar-se de que ainda há vida aí dentro, esperando apenas um gesto de amor para despertar.

Deixe um comentário

Descubra mais sobre BIANCA STIEVANO - Editora independente · Livraria afetiva · Serviços literários

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue lendo