TODO MUNDO TEM HISTÓRIA PARA CONTAR

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Querida leitora,

Certa vez, numa consultoria, minha cliente comentou algo que me chamou muita atenção: “eu não tenho história para contar. A minha vida é sem graça”.

Eu devo ter ficado igual ao meme da Nazaré Tedesco tentando entender aquela fala porque, afinal de contas, todo mundo tem história para contar.

Para alguns é de muita luta e para outros já começa de forma gloriosa (como se diz popularmente, os nascidos com o bumbum virado para a lua).

Vou te dizer uma coisa. A vida só parece sem graça porque nem sempre as pessoas valorizam a própria história.

Tem quem já foi pobre de marre e, hoje em dia, tem uma vida melhor só que morre de vergonha de revelar essa parte da vida. Por outro lado, têm pessoas que sabem explorar muito bem esse lado. E este explorar não é no sentido de levar uma vantagem. É de contar como era, o que aprendeu, como superou e ainda servir de inspiração para os demais.

Qual é a sua narrativa?

Nasci, cresci, comecei a trabalhar, casei e tive filhos”. É assim que alguns resumem a própria história. Só que não é bem assim. A vida acontece todos os dias e não só nos comentos mais marcantes. Você está presente naquilo que faz e fala?

Outra coisa, se cutucar aqui e ali surge uma lembrança, depois e mais outra.

Quando você escreve a sua própria biografia uma lembrança puxa a outra e assim vai. Você se lembra de coisas que estavam ali escondidas no baú.

A infância e adolescência podem não ter sido uma boa fase, porém, tem uma história. Se sofreu bullying na escola pode contar porque já não dói mais depois de tanto tempo. Tem sempre também algum episódio do coleguinha que era o terror na escola ou do primeiro amor (beijo), as bebedeiras do tempo da faculdade (quem passou por isso), os professores, o estágio e o alecrim dourado da empresa ou do escritório etc.

Quem conduz a narrativa da sua vida é você. Faça do limão uma limonada. Pegue uma história triste e conte como superou. Use a jornada do herói para tal.

Tudo isso é material farto para escrever um livro seja de ficção ou não.

O maior contador de histórias do mundo foi Jesus. Fazia isso para ensinar o povo. As parábolas não eram compreendidas na época porque a consciência das pessoas não estava desperta.

A Bíblia está repleta de história que nos ensinam alguma coisa. Os irmãos gêmeos Jacó e Esaú, filhos de Isaac e Rebeca. Inimigos por uma vida toda por conta da primogenitura roubada por Jacó. Este saiu fugido e foi viver longe, na cidade natal da família materna. Lá, anos depois, foi enganado pelo sogro no dia do casamento.

Quantas histórias parecidas existem hoje em dia? Você deve conhecer alguma de briga entre irmãos, homem com duas famílias, o pai ou mãe que espera pelo filho que não vem, intrigas na família, fuga por causa de briga ou até mortes entre parentes.

As pessoas vivem só de tragédia. Tem o lado bom como festa junina na escola, o piquenique em família ou com amigos, o primeiro estágio ou emprego, o primeiro salário, os sonhos, as viagens, namoradinhos, o primeiro negócio. E por falar nisso, vale contar até os perrengues da empresa.

Muitas pessoas já quebraram suas empresas e tiveram de recomeçar. Tem gente que morre de vergonha e se sente um fracasso. Enquanto outros dão a volta por cima e usam da experiência negativa.

Precisamos olhar a nossa história com muito carinho e valorizar cada detalhe.

As lembranças podem surgir durante uma conversa em família, com a proximidade de uma data específica, um objeto ou aroma que remete a determinada época.

O que você passou em algum momento da vida pode servir de inspiração para outras pessoas, por isso, conte como foi e o que fez para superar. Histórias conectam.

E lembre-se: Todo mundo tem história para contar…

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